Como eu desenvolvi a educação financeira da minha filha
Como disse anteriormente, sou especialista em educação financeira, então desde que minha filha nasceu eu tinha em mente que deveria incorporar essa questão na nossa rotina de forma natural. Veja como:
1 – Estabeleci uma mesada
Comecei a dar mesada a minha filha aos seis anos de idade. A quantia era pequena, mas serviu como uma introdução ao conceito de dinheiro e responsabilidade financeira.
Ela guardava o dinheiro para as viagens, para poder comprar os brinquedos que queria.
Em uma das viagens ela fez uma tabela em um papelzinho, detalhando o valor que podia gastar em cada um dos dias e em quais atividades ou brinquedos.
Durante a viagem ela fez questão de pesquisar preços, na sua tabelinha de compras tinha uma notinha “economizar, se possível” achei muito fofo 💓.
Se você quer começar a dar mesada para seu filho, não se preocupe em começar com muito, considere a idade e as necessidades da criança para definir o valor.
O mais importante é que ela aprenda a gerenciar seus próprios recursos.
2 – Incentivei a poupança
Comprei um cofrinho para minha filha e a incentivava a guardar parte de sua mesada nele.
Estabeleci algumas metas simples para que ela aprendesse a importância de poupar dinheiro e alcançar objetivos financeiros.
Além disso, oferecia pequenas recompensas sempre que ele alcançava uma meta.
3 – Envolvi nas decisões financeiras da família
Eu procurava incluir minha filha em algumas conversas sobre o orçamento familiar, isso a ajudou a entender a importância de tomar decisões financeiras conscientes.
Revisávamos nossas despesas e como poderíamos economizar dinheiro, fazendo com que ela percebesse o valor do planejamento financeiro.
4 – Ensinei o valor do trabalho
Quando minha filha cresceu um pouco, passei a atribuir pequenas tarefas domésticas remuneradas para que ela aprendesse o valor do trabalho e a importância de ganhar dinheiro.
Isso o ajudou a entender que o dinheiro não vem fácil e deve ser administrado com cuidado.
Algumas ideias de tarefas são: Regar as plantas, colocar a mesa para o jantar, ajudar nas compras verificando os preços e validade dos produtos.
Ao remunerar seu filho por essas atividades, você não apenas ensinará o valor do trabalho e a importância de ganhar dinheiro, mas também incentivará o desenvolvimento de habilidades práticas e de responsabilidade.
Não esqueça de ajustar as tarefas de acordo com a idade e as habilidades da criança, e de manter um equilíbrio saudável entre as atividades remuneradas e as responsabilidades familiares que não envolvem pagamento.
4 – Utilizei recursos educativos
Existem muitos livros, aplicativos e jogos disponíveis no mercado que ensinam educação financeira para crianças.
Um exemplo é o livro “Pai Rico, Pai Pobre para Jovens”, de Robert T. Kiyosaki, que oferece lições valiosas sobre dinheiro e investimento de maneira lúdica e envolvente.
Conclusão sobre Educação Financeira Infantil
Enfim, ao adotar atividades divertidas e educativas, você estará proporcionando às crianças uma base sólida para o aprendizado financeiro de forma leve e prazerosa. Esses pequenos gestos têm o poder de gerar grandes transformações no futuro.
No caso da minha filha, que hoje tem 17 anos, vejo com orgulho o quanto ela desenvolveu uma incrível consciência financeira, mesmo vivendo em uma situação relativamente confortável.
Antes de qualquer compra, ela sempre analisa o custo-benefício com cuidado e evita decisões impulsivas. Fico muito orgulhosa em saber que essas brincadeiras que praticávamos tiveram um efeito positivo.
Espero que a minha experiência possa te inspirar a incorporar a educação financeira no dia a dia das suas crianças, plantando sementes de responsabilidade e sabedoria que certamente florescerão no futuro.
Um grande abraço!